A polêmica envolvendo a Música "Lepo Lepo", dos compositores: Magno Sant' anna e Felipe Escandurras e Cantado pelo grupo baiano Psirico, despertou em mim uma curiosidade, que me fez observar o comportamento dos meus conterrâneos, pois como eles defendo e tenho orgulho do que é da Bahia, mas procuro estender esse comportamento ao cotidiano das minha relações.
vou explicar melhor a polêmica e o que quero dizer sobre o orgulho baiano. O cantor Sertanejo Cristiano Araújo de Goiânia, gravou uma versão da música "Lepo Lepo", e a lançou nas redes sociais, dizendo que essa seria a sua música do carnaval e a partir dai a polêmica estava em cena, pois o grupo psirico da Bahia, ficou incomodado com a versão e com o sucesso desta, pois esta música na versão original é a aposta do psi para o carnaval também, mas não é a polêmica em si que chamou minha atenção e sim a defesa que foi feita em prol do psirico.
Baianos anônimos e famosos se manifestaram através das mídias em favor do grupo baiano, usando muitas vezes a frase "o lepo lepo é do psi, o lepo lepo é da Bahia" , essa cordialidade, esse orgulho, essa defesa coletiva, desperta um sentimento de pertencimento e de unidade. O baiano protege e defende as "coisas" da Bahia, quando há um "ataque" externo, é uma luta árdua... pois baiano que é baiano não deixa um não baiano passar por cima de um baiano, e é ai que esta o x da questão, essa defesa, esse sentimento só se manifesta muita vezes quando o atacado é um famoso, ou quando o ataque é feito a um dos nossos símbolo culturais, no cotidiano das nossa relações, não nos tratamos com respeito, não nos vemos como iguais, não samos solidários uns com os outros. Não que eu seja contra a defesa dos nossos ídolos e símbolos, mas me pergunto, por que não fazer isso com o meu vizinho, com meu conterrâneo desconhecido? será que só podemos ter orgulho baiano, quando este é contra um não baiano? eu acho que não! pois mesmos sabendo e convivendo com a precaridade social, econômica, educacional do meu estado, tenho orgulho de meu povo, dessa gente que luta e não esmorece, que sorri, mesmo que só tenha motivo para chora.
Por Michelle de Assis da Rocha